Segundo investigação, organização criminosa sonegou R$ 270 milhões em impostos. Onze ordens de busca e apreensão são realizadas em noves cidades de São Paulo e Mato Grosso.
O Ministério Público de Piracicaba (SP) e a Receita Federal deflagraram a segunda fase de uma operação contra uma organização criminosa de adulteração de combustíveis. Segundo a investigação, o grupo sonegou R$ 270 milhões em impostos federais.
São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em nove cidades dos estados de São Paulo e Mato Grosso, dentre elas a capital Cuiabá:
- Valinhos (SP);
- Ibaté (SP);
- Paulínia (SP);
- Ribeirão Bonito (SP);
- Araraquara (SP);
- Indaiatuba (SP);
- Jundiaí (SP);
- Cuiabá (MT);
- Cocalinho (MT).
Os investigados montaram um grupo especializado na adulteração de combustível e de ARLA32, um reagente utilizado em veículos movidos a diesel para a redução de poluentes. Além da Receita Federal, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba, a Polícia Rodoviária Federal também atua no cumprimento dos mandados.
A investigação
A segunda da operação, chamada Arinna, ocorre após a quebra de sigilo de dados fiscais e bancários. O acesso aos dados permitiu que a investigação identificasse o caminho percorrido pelo dinheiro, desde os financiadores do esquema até os principais beneficiários finais.
Segundo a investigação, os mentores da organização criminosa são grandes devedores da Fazenda Nacional e do estado de São Paulo.
"Para permanecerem ocultos nas operações de importação e comercialização dos produtos citados, foram utilizadas contas de terceiros, que acolheram créditos superiores a R$ 490 milhões no transcorrer de três anos. De todos investigados na segunda fase, os recursos financeiros movimentados estão estimados em R$ 4,8 bilhões".
Os mandados são cumpridos por 15 auditores-fiscais e 6 analistas tributários da Receita Federal, 7 promotores de Justiça e policiais rodoviários federais.
Fonte G1.COM