Sindicato do setor acredita há “um jogo eleitoreiro” por parte dos municípios – porque os prefeitos estariam com medo de desagradar parte da população


As escolas particulares do Estado de São Paulo prometem entrar na Justiça caso as aulas presenciais não sejam retomadas entre setembro e outubro após paralisação devido à pandemia do novo coronavírus. O Sieesp – sindicato que representa o setor – afirma que as instituições privadas de ensino seguem os protocolos e podem retomar as atividades. A entidade considera ainda que há “um jogo eleitoreiro” por parte dos municípios – porque os prefeitos estariam com medo de desagradar parte da população. O presidente do sindicato, Benjamin Ribeiro da Silva, diz que, apesar da possível medida judicial, a decisão de mandar ou não as crianças para a escola deve ser da família. O chefe da infectologia da Unesp, Alexandre Naime, afirma que as escolas particulares tem mais meios de garantir a segurança dos alunos em um retorno às salas de aula. O médico pondera, no entanto, que ainda não é possível dizer que a volta aos estudos presenciais não terá efeito rebote, piorando a situação da doença em São Paulo.


Em nota, a secretaria da Educação do Estado de São Paulo lembra que os municípios têm autonomia para tomar decisões sobre a retomada. A pasta diz também que planeja a volta às aulas com base em medidas de contenção da epidemia e sem colocar nenhuma vida em risco. A previsão da gestão Doria é que as aulas presenciais voltem a ser realizadas a partir de 7 de outubro. A partir de oito de setembro as escolas localizadas em regiões há vinte e oito dias na fase amarela do Plano São Paulo podem ter aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais.